
EDITORIAL
A recente discussão sobre a descida da TSU para compensar míseros aumentos salariais e fixação de salário mínimo, obriga a reflexões de todos.
Portugal nivela sempre “por baixo”
As estatísticas dizem que a qualificação dos empresários nacionais em elevada percentagem é inferior à dos funcionários que lideram.
Gera, um problema de falta de visão empresarial, de capacidade de investimento e promoção do futuro e, até a um incentivo para não estudar, aprender.
De facto, aprender e estudar, para quê?
As práticas empresariais em Portugal, visam sempre o enriquecimento rápido sem visão de investimento no futuro.
Felizmente há exemplos contrários que devem ser saudados, mas, a percentagem de exemplos contrários é abundante.
Descapitalizam as empresas, adquirem bens que não são resultantes de sucesso profissional, mas da descapitalização das empresas.
Há exemplos de todo o tipo.
Pagam salários baixos e o “resto” por fora prejudicando a segurança social e o fisco, mas também os próprios empregados que diminuem a capacidade de ter uma reforma decente.
Beneficiam da pouca alternativa de emprego e do medo dos empregados.
São actos indecorosos que não ajudam o futuro ou o crescimento expectável,menos ainda a necessária motivação individual.
Urge colocar um ponto final em tudo isto e ultrapassar a composição das actuais lideranças empresarias das Confederações patronais que exibem um baixo nível de qualificação e, necessáriamente, nada a esperar da concertação social que deveria ser um factor de desenvolvimento e criação de oportunidades e, assim não é.
O fausto que exibem é o inverso do insucesso empresarial das fábricas abandonadas que se encontram espalhadas por todo o país.
Lamentável.
PF