Incêndios misteriosos
25 DE OCTOBER DE 2017
Esta foto aérea mostra duas frentes de incêndio rigorosamente paralelas, entre Aveiro e Figueira da Foz.
A extensão era de duas ou três dezenas de quilómetros. Esta estranha ocorrência, só por si, dá azoa muitas perguntas. Acontece que o cenário repetia-se mais abaixo, entre a Figueira da Foz e a Nazaré. Na zona onde se situa (ou situava) o Pinhal de Leiria. (JAG)
Os jornais e as televisões andaram muito entretidos, durante e depois dos incêndios, a pedir a demissão de ministros, o que não lhes deixou muito tempo para fazerem o trabalho jornalístico básico.
Em que concelhos houve ignições, quantas e com que intervalo de tempo? Em que local tiveram início e como se propagaram as chamas? Etc.
Ainda ontem à noite, uma jornalista admitia, num canal de televisão, que não se sabe ao certo quantos incêndios houve e onde.
Também ninguém se preocupou muito com isso.
E no meio da conversa lá vieram à baila as queimadas e as faltas de cuidado dos cidadãos.
As polícias prenderam ou identificaram miúdos, domésticas e incendiários avulsos. Pergunto eu: um incêndio como o da foto resulta de uma queimada?
De um acto intencional de um incendiário isolado?
Lembro que se trata de frentes de fogo rectilíneas com dezenas de quilómetros. Não é preciso ser especialista para ter uma ideia do que aconteceu. Nas duas imagens abaixo, fica uma indicação das distâncias entre os pontos mencionados e uma perspectiva aérea da distribuição da floresta.
Em todas as medidas de prevenção de incêndios florestais preconizadas, não vejo nenhuma que admita uma acção deliberada de terrorismo incendiário.
E no entanto ele move-se.
- João Alferes Gonçalves, com a devida vénia
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