No momento em que nos preparamos para prestar homenagem a Dom Carlos I e ao Príncipe também assassinado na Praça do Comércio, porque a história é conhecida e está escrita em diferentes vertentes de acordo com os interesses de cada um, desejamos deixar hoje a sugestão de um Livro importante do Escritor Jorge Morais que Vos recomendamos pela imparcialidade e pela factualidade que exibe.
Recordamos apenas de uma forma simples, que a Monarquia foi derrubada em Portugal pelas mãos de muitos “monárquicos…”, alguns do maior destaque como o Visconde da Ribeira Brava já destacado na parte II deste trabalho, o qual, de acordo com as crónicas, esperou sentado no Café Martinho da Arcada a confirmação do crime hediondo e frio.
A Mais Secreta e Pérfida Conspiração da História Contemporânea de Portugal.
Os monárquicos dissidentes e a Carbonária envolvidos no conluio para derrubar a Coroa Portuguesa.
A crónica, a par e passo, de uma trama que vitimou o Rei e o Príncipe Real em 1908 e deu lugar, 33 meses depois, ao fim da Monarquia Constitucional e à instauração da República no nosso país.
Os anos de transição do Regime monárquico para a República constituem um dos períodos mais ricos da História recente de Portugal. A grande agitação republicana, iniciada com o Ultimato inglês de 1890, manteve uma pressão permanente e crescente sobre a Monarquia Constitucional até, por fim, obter o seu derrube em 5 de Outubro de 1910. Duas dissidências minaram, neste período, o sistema político e o regime: a dos regeneradores-liberais (em 1901) e a dos progressistas de José Maria de Alpoim (em 1905). Conduzida à «ditadura administrativa» de João Franco, a Instituição Real colocou-se na mira dos grupos revolucionários – e estes, com o apoio e o financiamento de destacados dirigentes políticos do campo monárquico, não desperdiçaram a oportunidade. O regicídio, em Fevereiro de 1908, marca o início da etapa final de liquidação da Monarquia, acelerada por uma eficaz rede de cumplicidades internacionais, por uma febril campanha de propaganda e pela acção de rua das Carbonárias e dos «grupos civis». Oradores inflamados, velhos políticos do «rotativismo», maçons, anarquistas irredutíveis, escritores e bombistas pontuam este período da nossa História, atravessado por intensos debates, crises, crimes e paixões.
Num texto de grande rigor historiográfico e inteiramente baseado em fontes certificadas, usando uma linguagem acessível e cativante, o autor retrata o caos de uma Nação no limiar do século do povo.