
A primeira geração de portugueses na Suiça está a chegar à reforma e a pensão é demasiado baixa para o custo de vida.
Só em 2018 regressaram mais de 10 000, o dobro de 2013.
As rendas de casa são muito altas, o seguro de saúde individual importa mensalmente em mais de 500 euros.
As reformas, pouco superiores a 2000 euros, não permitem continuar a viver de forma positiva.
Nuno Santos, presidente da Associação de Apoio à Comunidade Portuguesa na Suiça, diz que há ” quem tenha dívidas porque o salário não chega ou está no desemprego “.
A recente alteração de informação financeira entre países da OCDE, permitiu ao fisco suiço saber se o património adquirido é todo declarado e, muitos portugueses nunca o fizeram e são agora obrigados a declarar. O fisco faz depois os acertos que estão a colocar a comunidade em pânico.
O programa do IEFP “regressar“, está a ser bastante utilizado. O apoio pode atingir 6 536 euros.
A redução do IRS em 50% para quem emigrou até 31 de Dezembro de 2015 e regresse em 2019 ou 2020 e não tenha residido em Portugal nos últimos 3 anos, não tenha dívidas à segurança social ou finanças é um factor positivo.
Outros apoios são a redução em 20% no IRS durante 10 anos e não exige que tenham emigrado até 2015, precisando apenas de não ter vivido em Portugal nos 5 anos anteriores. A isenção de impostos relativos às reformas é outro apoio significativo durante 10 anos.
A generalidade dos portugueses que regressam, possuem a sua casa própria em que investiram ao longo dos anos, são apenas surpreendidos pelo regresso a aldeias já praticamente “sem vida”…
O Portal das Comunidades diz que há gabinetes em 157 Câmaras, 142 já a funcionar e os restantes em fase de instalação, outro apoio a consultar.
Na Suiça há 3 tipos de autorização de residência: O “Permis L” é uma autorização anual que originou em 2018, 924 regressos. O “Permis B“, autorização de 5 anos, originou 3 804 regressos e o “Permis C“, autorização definitiva, originou 5 526 saídas, sendo que no total, em 2018 regressaram mais de 10 254 pessoas.
PF
- Fontes: Expresso e IEFP.