
EDITORIAL
A pandemia que persiste e não se vê como pode terminar, apesar de tanta notícia sobre vacinas, tememos que as mesmas demorem e se arrastem no tempo, mesmo depois de chegarem aos diferentes países, teremos pela frente um enorme problema de logística e depois vacinação.
Demorará muitos meses depois de chegarem as vacinas até as mesmas terem efeito na população, restando saber qual o efeito e a validade do tempo após a vacinação. Ou seja, depois de vacinado, quanto tempo permanece a imunidade?
Sucedem-se as manifestações a pedir apoio lancinante em alguns sectores, o comércio em geral, a restauração, a cultura, etc, etc.
Pedimos porque estamos em desespero e nem conseguimos pensar de onde poderá vir tanto dinheiro?
Há aproveitamento político extremo, nenhum governo faria melhor e mais valia pensar, ser prudente e pedir sim, mas com critério.
É inegável que por mais apoios, muitas empresas ficam sem futuro.
O turismo em que assentava a economia, desapareceu e com ele tornaram-se obsoletos imensos negócios que nem vale a pena serem apoiados, pois, depois do apoio fecham mesmo e em definitivo.
Em Lisboa fecharam já 111 lojas de todo o tipo.
Muitas mais vão fechar.
A quantidade inusitada de restaurantes e cafés que faz lembrar a enorme quantidade de indivíduos candidatos às Eleições Presidenciais, só é possível em Portugal e, tememos que os populistas que se manifestam e são apoiados por imensa imprensa, arrastem o país para soluções políticas indesejáveis e que só piorarão as condições dos actuais carentes que verão de novo a força a esmagar soluções.
É muito complicado em Democracia manter a ordem nestas circunstâncias.
Caminharemos para uma ditadura a breve prazo? É isso que os cidadãos querem?
A fome é má conselheira, sabemos bem do que falamos e, um povo genericamente inculto, que não lê e não se cultiva, é instrumento fácil de manejar.
Reflitam enquanto estão a tempo.
Director