Castelo Branco – Imobiliário resiste à Pandemia

Os desafios provocados em ano de pandemia continuam a tocar inúmeras áreas da vida de milhões. Afetando profundamente determinados segmentos económicos, um virar de página não poderia surgir cedo demais.

Apesar da enorme montanha diante de nós ainda por escalar e da imprevisível dimensão dos estragos provocados, existem segmentos da economia que obtêm um desempenho positivo. O imobiliário está entre eles, revelando não apenas uma notável resiliência como a expetativa de continuado crescimento no futuro.

Imobiliário Cresce em Castelo Branco

Castelo branco não é exceção, tendo a compra de casas observado um ritmo de crescimento considerável ao longo de 2020. Reportando ao período entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, regista-se uma subida nos preços na ordem dos 4,3% (de €118.359 para €123.493).

Este aumento advém em muito de uma alteração de paradigma provocado pelo cenário pandémico. Em parte, o aumento considerável de procura turística ao longo do verão de 2020 contribuiu para um revitalizar do mercado imobiliário para fins de alojamento temporário. Por outro lado, a consequente adoção do teletrabalho em modelos mais permanentes torna os distritos do interior, tais como Castelo Branco, bastante mais apelativos.

A qualidade de vida da qual podem usufruir os que aqui habitam, bem como o preço de habitação, de longe mais acessível que nos grandes centros urbanos tornam-se fatores essenciais de atração e fixação de novas gerações.

Os Desafios de 2021

Observar os números em alta conforme aqueles publicados no mais recente barómetro imobiliário da Imovirtual revelam um cenário apelativo para todos aqueles que estejam em busca de nova habitação.

No período anteriormente mencionado, o mercado nacional de venda havia crescido 1,6%, havendo Castelo Branco largamente superado a média. Não é, porém, de assumir que 2021 não trará desafios próprios aos quais acrescem os já conhecidos provocados pela pandemia. Desde logo, um cenário macroeconómico altamente imprevisível e uma retoma do turismo que poderá ser mais modesta do que o esperado poderão frustrar as melhores expetativas.

Em simultâneo, com o fim das moratórias agendado para impactar o último trimestre do ano e meses (anos) seguintes, poderemos entrar num ciclo de elevada complexidade. Todos estes desafios assumem a priori uma campanha de vacinação de sucesso e o retomar de uma versão da vida o mais próxima possível da “antiga normalidade”.

O Cenário Moderadamente Otimista

Assumindo que a economia nacional se manterá estável recorrendo a mecanismos europeus, que a pandemia fica finalmente sob controlo em solo europeu e que o turismo assiste a uma retoma modesta, existem alguns motivos para sermos (moderadamente) otimistas.

Desde logo, com base na crença que o paradigma de vida profissional está a mudar. O cenário de pandemia apenas acelerou uma tendência crescente em países mais desenvolvidos, que prevê um êxodo urbano. Atraídos por habitação mais acessível, um ritmo de vida mais aprazível e pela inegável beleza natural do interior, muitas famílias já começaram a fazer as malas num único sentido.

Existem assim, oportunidades únicas criadas num momento catastrófico. De entre todos os desafios perante nós, a perspetiva de que algo tão nefasto venha a resolver um problema sistémico de desertificação do interior é um resultado inesperado e altamente positivo. Um dos principais sectores a beneficiar de tal tendência será o do imobiliário a nível local.

Caberá aos decisores políticos locais saber adaptar urgentemente os seus distritos às necessidades das gerações do Século XXI com a tecnologia e incentivos necessários para até aqui os atrair. Se as condições mínimas estiverem em marcha, distritos como Castelo Branco poderão renascer, sonhando com um brilhante futuro pela frente.

 

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