Actualização
S.A.R. Dom Filipe VI, Rei de Espanha estará no Funeral em Portugal. Antes enviou já telegrama
. Telegrama
O rei Felipe VI manifestou hoje o seu pesar pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio de quem destacou “o seu legado e o seu firme e profundo empenho” no fortalecimento dos laços com Espanha.
O monarca enviou um telegrama ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa onde expressou as suas “mais sinceras condolências” em seu nome, do Governo e de todos os espanhóis pela morte de Sampaio, hoje, aos 81 anos de idade, num hospital em Lisboa.
“Uma triste perda de alguém que foi sem dúvida uma grande personalidade no seu país, na Europa e América Latina e no mundo”, disse Felipe VI, de acordo com a cópia do telegrama enviada à agência Lusa.
O monarca espanhol afirma que Jorge Sampaio será sempre recordado pelo “seu legado e pelo seu firme e profundo empenho em reforçar as relações entre Espanha e Portugal”.
Juntamente com a Rainha Letizia, Felipe VI também transmitiu as suas condolências à viúva do falecido antigo Presidente e a todos os seus familiares, assim como o seu “afeto ao querido povo amigo de Portugal”.
. Primeiro Ministro de Espanha fala de Jorge Sampaio
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, já tinha lamentado hoje a morte de Jorge Sampaio, que considerou, através da sua conta na rede social Twitter, ter sido “um grande político, um grande construtor de consensos e precursor de alianças entre a esquerda” portuguesa.
Pedro Sánchez, também secretário-geral do PSOE, o partido socialista espanhol, terminou a sua curta declaração manifestando, em português, os seus sentimentos aos “entes queridos” de Jorge Sampaio e a toda a “família socialista portuguesa”.
Por seu lado, o PSOE, também através do Twitter, lamentou a morte do ex-chefe de Estado, “um grande socialista, de profundas convicções e um grande humanista.
Faleceu o ex – Presidente Jorge Sampaio
Jorge Sampaio nasceu em 1939 e faleceu hoje, 10/9/2 021
Dizer que se perdeu um Homem extremamente culto, comprometido com a Democracia e, evidentemente com a solidariedade é pouco.
Jorge Sampaio foi um Advogado defensor de presos políticos, veio do MES para o PS e passou por tantos e tão diferentes cargos que pode dizer-se viveu plenamente com responsabilidade a Democracia.
Foi com Jorge Sampaio que o PCP começou a ter visibilidade e a tornar-se imprescindível no Regime Democrático e na Câmara de Lisboa.
Profundamente respeitado, extremamente culto, Portugal perde um vulto incontornável.
O nosso Jornal, o Director e Colaboradores apresentam sentidas condolências à Família e Amigos.
PF
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Jorge Fernando Branco de Sampaio nasceu em 1939, em Lisboa. Licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa, exerceu advocacia durante largos anos. A sua intervenção cívica e política emergiu no movimento académico dos anos 60, altura em que foi Presidente da Associação Académica da Faculdade de Direito e Secretário-Geral da Reunião Inter Associações Académicas. Manteve sempre uma intensa intervenção nos movimentos políticos que precederam abril de 1974.
Após abril de 1974 exerceu variados cargos públicos, nomeadamente o de Secretário de Estado da Cooperação Externa, deputado da Assembleia da República, membro do Conselho de Estado e Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, tendo sido eleito Presidente da República em 1996, cargo que manteve durante dez anos. Entre 1979 e 1984, enquanto membro da Comissão Europeia dos Direitos do Homem no Conselho da Europa, desenvolveu um importante trabalho na defesa dos Direitos Fundamentais do Homem.
Esteve presente na Universidade de Aveiro em ocasiões diversas e acompanhou com manifesto interesse o desenvolvimento da instituição, sendo de referir, a título de exemplo, o seu apoio a iniciativas sobre ciência e inovação, desenvolvimento local, cultura e cidadania. A sua presença na cerimónia comemorativa dos 25 anos da Universidade foi um momento significativo de reconhecimento público dos contributos da Universidade para com o País.
A promoção da língua portuguesa e o estreitamento das relações entre os PALOP e o Brasil foram linhas de força da sua ação enquanto Presidente da República, tendo acompanhado atentamente o processo de transição de Macau e o processo de independência de Timor-Leste, com importância reconhecida no seu desenvolvimento.
Atualmente integra o Conselho de Estado e exerce altos cargos internacionais, nomeadamente de Enviado Especial para a luta contra a Tuberculose, designado pela ONU. Em abril de 2007 foi nomeado Alto Representante das Nações Unidas para o Diálogo das Civilizações.
Em 2008 foi nomeado Doutor Honoris Causa pela Universidade de Aveiro.
PF