Nasser Al-Attiyah vence competição dos carros pela quinta vez
. Loeb faz história e vence 6 etapas
Nasser Al-Attiyah conquistou a prova pela quinta vez, depois de já ter vencido em 2011, 2015, 2019 e 2022, ao terminar com 1:18.49 horas de vantagem sobre o francês Sébastien Loeb.
O piloto qatari Nasser Al-Attiyah (Toyota) venceu este domingo, pela quinta vez, a competição dos carros na 45.ª edição do rali Dakar de todo-o-terreno, que terminou em Dammam, na Arábia Saudita.
O piloto da Toyota foi o sétimo mais rápido na 14.ª e última etapa, entre Al Hofuf e Dammam, com 136 quilómetros cronometrados, terminando a 05.41 minutos do vencedor do dia, o francês Guerlain Chicherit (BRX), com o sueco Mattias Ëkstrom (Audi) em segundo, a 01.36 minutos, e o sul-africano Henk Lategan (Toyota), em terceiro, a 01.44.
Com estes resultados, Nasser Al-Attiyah conquistou a prova pela quinta vez, depois de já ter vencido em 2011, 2015, 2019 e 2022, ao terminar com 1:18.49 horas de vantagem sobre o francês Sébastien Loeb (BRX), que foi segundo, e 1:36.31 sobre o brasileiro Lucas Moraes (Toyota), que foi terceiro.
“Estou contentíssimo. Foi um Dakar difícil para todos, mas conseguimos gerir [a corrida] e é incrível ter podido revalidar o título”, disse o piloto qatari.
Com este triunfo, Al-Attiyah superou os quatro do finlandês Ari Vatanen.
“Tenho o maior respeito por Ari, sempre foi o meu ídolo. Mas quero ganhar mais e agora devo defender o título de campeão do mundo”, frisou o piloto da Toyota.
A corrida ficou decidida na primeira das duas semanas de prova, com os problemas sofridos pelo francês Sébastien Loeb (furos e uma avaria mecânica) e pelos acidentes do espanhol Carlos Sainz (Audi) e Stéphane Peterhansel (Audi), que os deixaram fora de prova.
“Não tivemos de atacar feitos loucos. Conseguimos terminar a segunda semana e ganhámos o Dakar, que é o mais importante”, concluiu.
Loeb terminou esta edição com o maior número de vitórias em etapas (sete), estabelecendo um novo recorde de triunfos consecutivos (seis).
Ricardo Porém foi o melhor português nos veículos ligeiros
O leiriense Ricardo Porém (Yamaha) foi o melhor piloto português na categoria de veículos ligeiros ao terminar a 45.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno na 12.ª posição.
Ricardo Porém foi o 10.º mais rápido na 14.ª e última etapa da prova, que este domingo ligou Al Hofuf a Dammam, na Arábia Saudita — que pelo quarto ano consecutivo recebeu a corrida -, cortando a meta a 06.03 minutos da vencedora, a espanhola Cristina Gutiérrez (Can-Am), que bateu o chileno Ignacio Casale (Yamaha) por 58 segundos e o argentino David Zille (Can-Am) por 01.31 minutos.
João Ferreira (Yamaha) foi o oitavo mais rápido do dia, a 04.28, penalizado com dois minutos por excesso de velocidade, tal como Hélder Rodrigues (Can-Am), o 13.º, a 06.12 minutos.
João Ré, que navega o saudita Saleh Alsaif (Can-Am), foi o 17.º, a 08.09 minutos.
Na classificação final, o norte-americano Austin Jones (BFG) ‘bisou’, deixando o compatriota Seth Quintero (BFG) a 52.05 minutos, com o belga Guillaume de Mevius (Grally) em terceiro, a 01:35.42 horas.
João Ré foi o sexto classificado final, a 04:14.08 horas do vencedor desta categoria T3, reservada aos veículos ligeiros protótipos.
Ricardo Porém, de 33 anos, fechou a sua quarta participação no 12.º lugar, a 10:46.41 horas, tendo rubricado uma vitória em etapas, com Hélder Rodrigues em 27.º, a 35:18.19 horas. João Ferreira, que também venceu uma etapa, foi 37.º, depois dos problemas mecânicos nos últimos dias, a mais de 123 horas.
“Partimos para esta aventura com ambições e objetivos e estar aqui neste final de Dakar é muito importante. Ter feito parte desta primeira aventura da X-Raid e Yamaha nos SSV foi um grande orgulho e tenho de agradecer a todos os que viabilizaram esta participação. Tanto eu como o João levámos mais longe o nome da nossa cidade, Leiria, e isso é também algo que me deixa muito feliz”, disse Ricardo Porém.
João Ferreira admitiu que, neste último dia, só pensou em terminar a etapa.
“Depois de uma prova com tantos altos e baixos, não podíamos deitar tudo a perder no último dia. Desde o início desta aventura que reiterei que o meu grande objetivo era apenas e só terminar e subir ao pódio final. Para além disso, conseguimos coisas muito bonitas e inesquecíveis”, referiu.
Nos veículos protótipos derivados de série, os T4, houve drama até para lá da hora, com o estreante polaco Eryk Goczal (Can-Am), de apenas 18 anos, a tornar-se no mais novo piloto a vencer uma categoria da prova.
O jovem polaco partiu para a derradeira especial com 03.24 minutos de atraso para o lituano Rokas Baciuska (Can-Am), antigo campeão europeu de ralicrosse, mas aproveitou os problemas sofridos por Baciuska para saltar para o comando.
Goczal foi oitavo, depois de ter empenado a suspensão traseira esquerda do seu Can-Am, a 03.22 minutos do vencedor, o espanhol Carlos Sánchez (Can-Am). O português Fausto Mota, que navega o brasileiro Cristiano Batista (Can-Am), foi o segundo, a apenas 38 segundos do vencedor da tirada, com o polaco Michal Goczal (Can-Am) em terceiro.
Pedro Bianchi Prata, que navega o brasileiro Bruno Oliveira (Can-Am), foi o sexto classificado, enquanto Paulo Oliveira foi 34.º.
Benavides devolve vitória à KTM e Patrão no pódio dos ‘Originals’
O argentino Kevin Benavides tornou-se este domingo no quinto motociclista a vencer duas edições do Rali Dakar com duas marcas diferentes, ao ganhar a categoria das motas com uma KTM após já o ter feito em 2021 com a Honda.
Benavides, que partia com 12 segundos de desvantagem na geral para o australiano Toby Price (KTM), venceu a 14.ª e última etapa, entre Al Hofuf e Dammam, na Arábia Saudita, garantindo a vitória na corrida.
O argentino gastou 01:15.17 horas para cumprir os 136 quilómetros cronometrados numa pista enlameada, que provocou dificuldades acrescidas aos pilotos, deixando Price na segunda posição, a 55 segundos, com o chileno Pablo Quintanilla (Honda) em terceiro, aproveitando uma penalização de três minutos sofrida pelo australiano Daniel Sanders (GasGas), que tinha sido originalmente o segundo.
O luso-germânico Sebastian Bühler (Hero) terminou em sexto, depois de ter liderado as primeiras tomadas de tempo, a 04.14 do vencedor, com Mário Patrão (KTM) a ser 56.º.
Com estes resultados, Benavides, de 34 anos, arrebatou a vitória na última etapa da prova, terminando com o tempo de 44:27.20 horas, e deixando Toby Price em segundo, a 43 segundos, o norte-americano Skyler Howes (Husqvarna) em terceiro, a 05.04 minutos, após cerca de oito mil quilómetros cronometrados.
“Esta manhã pensava apenas em manter-me concentrado em cada quilómetro, do primeiro ao último. É incrível conseguir a vitória depois de este Dakar tão louco e por tão pouca margem”, comentou Benavides, que já tinha ganho em 2021, pela Honda, gerida pelo português Ruben Faria.
Bühler fechou a prova em 20.º, a 04:15.13 horas do vencedor, enquanto Mário Patrão foi 34.º, terceiro entre os pilotos da categoria ‘Originals by Motul’, para pilotos sem assistência externa.
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